Volta às aulas: como estão nossas emoções?

Volta às aulas: como estão nossas emoções?

Texto publicado no Jornal Novo Noroeste no dia 13.02
          Dentro de poucos dias estaremos voltando às aulas. Embora, cada início de ano letivo gere um sentimento de ansiedade para muitos pais, professores e alunos, por vezes insegurança diante da expectativa de uma nova escola, nova turma, novo professor, novos colegas e muitas outras novidades que estão por vir. É também um momento de muito entusiasmo e euforia, pela oportunidade de reencontrar velhos amigos, de fazer novas amizades, iniciar uma nova etapa em sua vida escolar, redefinir suas metas, e, especialmente, construir novos conhecimentos e experiências.


          É muito importante iniciar esta nova etapa sentindo-se aberto aos novos desafios, às novas amizades, sem ficar se preocupando em saber a opinião de um ou outro colega sobre esta ou aquela turma, este ou aquele aluno. Precisamos evitar profecias autorrealizadoras, esquecer as opiniões dos outros em algumas situações e nos permitir conhecer nossos novos alunos e colegas, por nossos próprios olhos e não através da visão distorcida que muitas vezes nos é passada, pois teremos um ano todo para nos conhecermos melhor e muitas vezes quando formamos um pré-conceito do outro, deixamos essa visão errônea intervir nos relacionamentos interpessoais, no próprio processo ensino-aprendizagem, bem como perdemos a oportunidade de conhecer melhor as pessoas e fazer novos amigos.

          Falo no relacionamento interpessoal, por considerar este um fator muito importante neste primeiro momento. Todos nós temos a necessidade de interagir, fazer contatos uns com os outros, sugerindo soluções, discutindo relações, são ações características dos seres humanos e para isso precisamos desenvolver cada vez mais a nossa inteligência emocional.

          O interesse da mídia por este tema foi despertado pelo livro "Inteligência emocional", de Daniel Goleman, redator de Ciência do The New York Times, em 1995. Embora, desde então tenham se passado praticamente 20 anos, este tema ainda não tem recebido a atenção merecida. Segundo o autor, o termo inteligência emocional refere-se à nossa capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos automotivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos. Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Sendo assim, nada melhor do que tentarmos prestar um pouco mais de atenção em nossas emoções e no modo como nos relacionamos com o outro. Pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza certamente serão bem aceitas em qualquer meio e terão mais chances de obter o sucesso pessoal e profissional almejado.

          Sejam todos bem-vindos a um novo ano letivo!

lucianesippert@uergs.edu.br
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