[TEXTOS] Protesto Sem Eco

outubro 04, 2017


PROTESTO SEM ECO
Por Sady Trindade
Santa Maria, RS – setembro de 1979

Joelhos ao chão, braços abertos,
olho para o céu, comovido
rezo um terço bem sentido
em louvor à natureza,
que está perdendo a beleza
e vai morrendo aos pouquitos,
por interesses malditos
com imagem de nobreza.

Vejo morrer nossos rios
e seu mundo submerso,
por isso a cada verso,
me expando em rebeldia,
contra a técnica vazia
de respeito e de consciência,
que mata por conveniência
com astúcia e ironia.

Desaparecem as matas,
a fauna já não existe,
o verde do campo é triste
não tem mais seu esplendor,
nem o perfume da flor
exala no pampa aberto,
e o amanhã é incerto
se continuar esse horror.

Não há mais tempo a perder
senhores ecologistas,
agrônomos e cientistas
desta pátria idolatrada,
que está sendo envenenada
até com sobra de guerra,
vinda de outra terra
como progresso embalada.

Algo precisa ser feito,
com coragem e altruísmo,
por dever e patriotismo
para salvar nosso chão
da esterilização
que progride a passos largos
por não receber embargos
dos poderes da nação.

Deixo aqui meu repúdio
a quem pratica ou consente
esse crime inconsequente
de funestas previsões,
para as novas gerações
que não verão com certeza,
esta bela natureza
que agoniza em convulsões.


O Nativismo significa a preservação dos costumes e tradições e propugna pela preservação da natureza. Nossa terra não pode ser descaracterizada. Por isso, protejamos as florestas nativas, os campos naturais e os animais que enriquecem o nosso folclore. Evitemos as queimadas, a caça e a pesca predatórias. Promovamos a adoção da agricultura conservacionista, preservando os ecossistemas frágeis e mantendo e/ou recuperando as terras agricultadas.
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