[ARTIGOS DE OPINIÃO] A era verde


A era verde[1]


Gabriel Schimmelpfeng Passos  [2]
Luciane Sippert e Bruna Roos Costa[3]



[1] Artigo de opinião escrito no Componente Curricular “Produção Textual”.
[2] Acadêmico  do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Uergs. Unidade em Santa Cruz do Sul.
[3] Professoras-orientadoras. Uergs.

    A política verde baseada na economia sustentável é o novo paradigma das relações sociais e empresariais. Empresas que, atualmente, conseguem se destacar no marcado possuem um bom índice de desenvolvimento sustentável. Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias comprometidas com a sustentabilidade está se tornando prioridade na política energética, com ênfase nas energias renováveis e na política agrícola, com ênfase em uma maior produção por unidade de área. Por fim, a arquitetura biofílica vem atraindo investimentos de setores da construção civil devido a sua integração entra as áreas verdes com a área urbana. 
    O índice de desenvolvimento sustentável, iniciado em 2005 e financiado pela International Finance Corporation (IFC), é uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas sob o aspecto da sustentabilidade. Essa ferramenta analítica também se baseia na eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Empresas que aderem ao índice de desenvolvimento sustentável diferenciam-se das demais em termos de qualidade, nível de comprometimento com o desenvolvimento sustentável, inclusão social, transparência, prestação de contas e natureza do produto. 
    Com o emprego da biotecnologia, torna-se favorável uma mudança de prioridades na política energética e na política agrícola visando uma produção mais sustentável. No setor energético, o uso da biotecnologia para a produção de biocombustíveis contribui para rompimento da dependência da matriz energética mundial: o petróleo. Além disso, o uso de biocombustível diminui significativamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ao contrário dos combustíveis fósseis. No setor agrícola, a biotecnologia tem como protagonismo no aumento da produtividade por unidade de área. Esse cenário contribui com a restrição de novas áreas para cultivo combatendo o desmatamento. 
    A arquitetura biofílica não é um conceito puramente estético. Estudos realizados na Universidade de Oregon, EUA, apontaram que ambientes urbanos, empresariais e domésticos integrados com a natureza, promovem maior satisfação, saúde e produtividade do usuário. Diante disso, aplica-se o conceito do Triplo Bottom Line no qual traz a ideia de que a sustentabilidade precisa abranger aspectos ambientais, econômicos e sociais de forma integrada. Esse cenário influencia beneficamente nos aspectos biopsicossociais de seus integrantes estimulando o bem estar fisiológico, psicológico e social. 
    Desse modo, a sustentabilidade se tornou inerente em diversos setores da sociedade tanto para agregar valor econômico à um produto comercializável, quanto para construir um ambiente psicologicamente estimulante. Empresas que se destacam do mundo corporativo possuem políticas ambientais bastante sólidas contribuindo positivamente para o meio ambiente. Portanto, de acordo com esse cenário, existe uma tendência para a formação de uma realidade cada vez mais sustentável.
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