[ARTIGO DE OPINIÃO] Obsolescência Programada

 



OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA [1]


                                                                                                 Alessandro Kruel[2]
                                                                                                 Claudia Cristina Wesendonck[3]

[1] Artigo de opinião escrito dentro do projeto de extensão da Uergs: "Frederico Westphalen sobre a pandemia de Covid-19".
[2] Acadêmico do 5° semestre do curso de Administração Pública – UERGS, Frederico Westphalen
[3] Doutora em Desenvolvimento Regional e Agronegócios  (Unioeste/PR) e professora adjunta da Uergs - Frederico Westphalen

Nos inesperados dias vivido, várias áreas da administração passaram a ser discutidas de forma ampla e com olhar inovador. O dado momento obrigou a todos a se reformularem e se redescobrirem, tanto no campo pessoal como no profissional. Com a inteligência emocional de todos posta à prova, tudo e todos passaram a enfrentar desafios, que dilatavam-se em todas as instâncias, e em todos os tamanhos. Evidenciou-se a importância do entendimento das novas ideias, todavia, alguns segmentos e raciocínios tornaram-se essenciais, para passar por esse período com serenidade. Métodos, ferramentas, procedimentos e relações tiveram de ser reinventadas. E é assim que as gestões do conhecimento e de pessoas, as quais vem sendo uma grande chave, devem ser frisadas primordialmente para desvendar as dificuldades, ou sucessos.

Em tempos de recessão financeira causada pela pandemia, o setor de recursos humanos sofreu um repentino ataque. Empresas e profissionais, tiveram pouco, ou nenhum tempo para remanejar-se de acordo com o cenário em que a economia se direcionava. Isso aconteceu, porque todas as esferas foram impactadas com a diminuição de circulação de capital. As pessoas e entidades que obtém lucro, mesmo em um período difícil, são aquelas que, não apenas se modelam a alternativas, mas se colocam em uma visão a frente dos acontecimentos no mercado. Observando apenas a linha da pandemia, os problemas passam a multiplicar-se, uma vez que, inicialmente, era um problema de contágio viral, seguido de travas econômicas, posteriormente afetando a psicologia social em geral. Paralelo a isso, cascata de problemas e questões vem vindo à tona, sempre desembocando nas emoções do indivíduo. Este controle, deve ser estruturadamente trabalhado em diversos aspectos, desde familiares, sociais, educacionais, entre outros.

Aliada a inteligência emocional, a tecnologia e a inovação, são imprescindíveis para o fenômeno, um doce para alguns, e amargo para outros. Um claro esboço deste raciocínio, é observado na principal camada afetada, o comércio, em decorrência da pouca circulação de pessoas. As instituições e pessoas que já atuavam no segmento online, destacaram-se e saíram na frente em plena crise, pois, a grande massa populacional retida em casa, não deixou de consumir, porém agora, de forma alternativa – e inovadora.

E esta necessidade por adaptação e desenvolvimento, já era instigada antes mesmo do surto viral. A urgência das demandas nos últimos anos, impôs o clamor pela atualização e renovação dos conhecimentos. O crescimento da troca de interações virtuais, das vendas on-line, de plataformas educacionais, aplicativos para bancos e serviços de entretenimento, demonstram a construção de um novo formato híbrido ou totalmente online e a distância de atendimento e prestação de serviços.

Neste viés, fazendo uma analogia a história, resgata-se a Lei de Darwin, onde o autor da teoria das Espécies, enfatiza que “não sobrevive o melhor, e sim o adaptável”. A percepção que fica de lição, é que: profissionais e as transações, devem buscar o conhecimento, a diferenciação e o domínio pelas tecnologias e inovações, estando sempre à frente de sua realidade, afim de ter algo a oferecer em qualquer situação.

Os gestores dos recursos, na busca por tendências de inovação, passarão a valorizar cada vez mais a inteligência emocional dos indivíduos, as quais se moldam, se flexibilizam, se criam e recriam. Características estas, que não devem ser policiadas necessariamente para gestores, mas sim para si mesmo, afim de exercer uma gestão pessoal com organização e excelência.
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