COMO ESTÁ O SEU CÉREBRO?


       É comum ouvirmos pessoas falando ou escrevendo sobre o poder do cérebro humano, no entanto, poucas vezes paramos realmente para pensar sobre isso. Quando comemos uma maçã, cheiramos flores, ouvimos música, lemos um livro, tocamos em alguém querido ou simplesmente lembramo-nos de algo, não nos damos conta de que inúmeras sinapses e associações estão acontecendo em nossa mente. E muitas vezes escuto pessoas dizendo “minha cabeça não funciona; sou burro mesmo; eu nunca vou aprender”, nessas horas tenho vontade de deixar de lado o que estiver fazendo e compartilhar com as mesmas pelo menos um pouco dos inúmeros estudos e pesquisas desenvolvidos, especialmente nas últimas décadas sobre a importância de se treinar o cérebro. Como nem sempre disponho deste tempo, aproveito este espaço para compartilhar algumas ideias com todos aqueles que desejam desenvolver um pouco mais do seu potencial.


       Muitos preocupam-se em malhar para deixar suas pernas mais durinhas, barriga bem definida, braços bem torneados, mas e o cérebro? Também está malhadíssimo? Estes questionamentos, que também são apresentados por Juliane Zaché, em uma reportagem da Revista Isto É, que aborda esta temática, gostaria que você os fizesse.

       Parece estranho ou inusitado fazer estas perguntas, mas a cada dia que passa a ciência confirma a importância de se exercitar tal órgão para que as potencialidades de cada um, da memória à coordenação, sejam desenvolvidas ao máximo. Não se trata, é claro, de um trabalho muscular, até porque o cérebro não é um músculo. Mas a metáfora é válida para elucidar a importância de manter-se constantemente a atividade dos neurônios (as células nervosas do órgão). Assim, o cérebro fica afiado e não atrofia, como um músculo que não é usado.

       No momento em que enviamos estímulos frequentes ao cérebro ele passa a realizar mais interações mentais, segundo publicação da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, pessoas com o hábito contínuo de ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas, desenvolver estratégias de memorização, realizar atividades físicas, sorrir, por exemplo, estão duas vezes mais protegidas do mal de Alzheimer – doença neurodegenerativa que pode surgir com o envelhecimento – do que as que passam a vida acomodadas e mal humoradas. Ao manter os neurônios ativos e saudáveis, criamos uma espécie de proteção do cérebro contra esta doença, além disso aumentamos o nosso poder de raciocínio, a concentração e até habilidades como desenhar e escrever.

       Todos podem estimular seu cérebro por meio de atividades “neuroaeróbicas” ou “neuróbicas”, como tem sido denominadas, não se trata de acrescentar novas atividades a sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente. Por exemplo, se você é destro tente escrever com a mão esquerda, ou troque o relógio de braço, faça um outro caminho para o trabalho, escola ou universidade, tente memorizar informações, números de telefones (algumas pessoas não sabem nem o seu!), poesias, letras de músicas, aprenda uma língua estrangeira e leia muito!!! “A leitura é para a cérebro, o que o exercício é para o corpo”, frase esta que é muito conhecida. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. Lembrando que a meditação também contribui imensamente para aumentar o QI, aliviar o estresse e promover níveis mais elevados de funcionamento cerebral. O importante é manter-se sempre em estado de aprendizagem, quer no trabalho, na escola, em família, com amigos, procure estar sempre aprendendo algo novo. Certamente seu cérebro vai agradecer!

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